A adesão da arquitetura ao conceito de sustentabilidade resulta em projetos residenciais e comerciais que empregam recursos ecológicos na construção das obras e decoração dos ambientes. São ideias que tentam minimizar o impacto negativo da ação humana no meio ambiente a partir da escolha de produtos que, dentre outros atributos, poupam energia, não poluem a atmosfera e aproveitam materiais reciclados.
Na imagem acima, a sala de descanso desenvolvida pela Cria Arquitetura une o bem-estar individual ao do planeta. Ao indivíduo porque proporciona conforto térmico e acústico, iluminação na medida certa e agrada os sentidos com tecidos naturais, macios e antialérgicos. Já a preocupação com o meio ambiente explica-se por nenhum produto utilizado na composição do espaço emitir gases tóxicos.
A arquiteta Érika Gibrin, coordenadora de projetos da Cria Arquitetura, explica que o consumo de energia foi reduzido em até 80% com o uso de lâmpadas LEDs,cujo raio luminoso é livre de ultravioleta e de calor. O forro Cleaneo que transforma odores em substâncias inofensivas e a tinta natural composta de terra crua melhoram a qualidade do ar. Para evitar a geração de resíduos, foi aplicada no piso a resina tecnocimento, material cimentício com verniz à base de água.
Três tipos de madeira compõem o mobiliário da sala de descanso: lyptus de reflorestamento, painel Tamburato com selo de manejo florestal FSC e madeira de redescobrimento, que seria descartada. O tapete Broinha embaixo da chaise foi confeccionado com tira de rama, apara de malha descartada pela indústria têxtil. A cortina e as almofadas foram elaboradas com retalhos e sobras da produção de sedas artesanais com tingimento natural obtido de cascas de árvores, sementes e raízes.
A reciclagem de resíduos plásticos é outra medida sustentável incorporada pelos arquitetos. A madeira plástica da Ecowood Rio utilizada no piso da área de lazer vista na foto à esquerda é resultado do reaproveitamento de resíduos industriais. Além de durável, impermeável e imune à ação de pragas e cupins, o produto tem a aparência estética da madeira sem que haja o corte de árvores. À direita, o ambiente externo da Castelatto desenvolvido pela arquiteta Débora Aguiar também se valeu de madeira artificial, que reproduz em perfeição a madeira rústica natural.
A presença de resíduos de concreto provenientes de sobras no revestimento da Castelatto diminui a geração de lixo e o desgaste da extração de recursos naturais. A permeabilidade do revestimento complementa o sistema de drenagem do solo, facilitando a chegada da água aos lençóis freáticos.
2 comentários:
Post excelente Patricia, bem escrito e bem claro, ajuda muito a repensar sempre na utilização de materiais que não agridem o meio ambiente.
Parabèns!!
Beijos
Eh verdade Ma..obrigada..bjao
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